sexta-feira, junho 06, 2008

a pós-produção


isto é a Catarina a partilhar o porta-bagagens com cadeiras, candeeiros, malas, livros e um cobertor.



isto é a Catarina a arrumar melhor a sala onde descansa o espólio do Há.Que.Dizê.Lo.



Será que mais alguém neste grupo trabalha, ou é só ela?

segunda-feira, junho 02, 2008

Alguém lê poesia na esquina

Ontem, no início da última sessão do espectáculo "Rir Tendo Consciência da Tragédia", fui como em todos os espectáculos ler poemas de Mário Cesariny às prostitutas da Rua Nova do Carvalho. Não houve, ao longo dos seis espectáculos, nem uma que ficasse indiferente ao que lhes lia. Quando as abordava, explicando que estava a fazer um espectáculo a partir de Cesariny, e lhes pedia para escutarem um poema, todas foram acessíveis e disseram logo que sim. E ouviram com uma atenção que nunca percebi em ninguém. Olhavam-me nos olhos e reagiam a cada verso, a cada ironia e a cada conjunto bonito de palavras com os olhos a brilhar. 

Ontem, li um poema do livro Pena Capital que começa assim "O amor que é só o amor é já o inferno" (infelizmente não vou poder transcrever mais do poema por motivos que vão descobrir se lerem o post até ao fim). Li-o a uma rapariga que já noutra noite me tinha escutado e cujos olhos, ao inicio apagados, brilharam mais que tudo naquele momento. Ela disse "que bonito". E eu ofereci-lhe o livro. 

Isto sim, é uma coisa muito bonita.

Nós somos uma vergonha

Temos um blog e não o aproveitamos. Fizemos um espectáculo e mal o referimos por aqui. Ora, mais vale tarde do que nunca. Aqui vai o cartaz e uma imagem. Depois virão mais.