segunda-feira, janeiro 26, 2009

E tudo o vento levou...

1.

2.

3.

É assim que, depois de lavar a roupa, conseguimos estragá-la ainda mais. 5 à Sec, precisamos de mecenato!

PS: a todos os possíveis emprestadores de roupa, não retenham este posto na vossa memória. Não é assim que tratamos os figurinos que nos emprestam. Esses vão a banhos ou lavagens a seco nas lojas da especialidade, e até os devolvermos, contamos-lhes histórias (ou estórias) ao adormecer.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

A vida dos outros parece ficção 2

"Leiria, 26 de Fevereiro de 1934

Como é triste ver caírem para a jarra as minhas mais belas ilusões!
Eu fazia do casamento uma ideia tão diferente do que me dizem ser na realidade!
Julgava que o casamento fosse (talvez com um pouco de romantismo) a união absoluta de duas almas, que a êsse acto tão solene só fôssem levadas por uma grande afeição mútua, que houvesse a maior franqueza entre marido e mulher e que, acima de tudo, fôssem muito fiéis um ao outro. Embora no resto da vida se não amassem como nos primeiros tempos, os unisse sempre uma grande afeição.
Afinal dizem que é tudo ao contrário. A maior parte dos casamentos fazem-se pro ambição, cada um pensa em si e faz o que lhe aprover. [Conhecimento?] moral um do outro não existe, nem se preocupam com isso. Desentendem-se? Divorciam-se...
É triste... Se eu não encontrar um homem diferente da maior parte dêles, estou convencida que me não caso."


M.J.

quinta-feira, janeiro 22, 2009

segunda-feira, janeiro 19, 2009

a edgar allan poe*

Meu relógio de pés nus a quinta da noite italiana
minha cabeça de anéis dolorosos como jacintos pretos recém-colhidos
minha criança grande escorregando pelos braços da mãe quando mil
candelabros dardejando nas escadas dos palácios anunciavam um corpo delicado e quente
minha caranguejola de diamante entre a vida e a morte a graça e a desgraça a verdade e o erro
meu malfadado e misterioso homem
figura descida    figura embrulhada    figura muitos pés acima de si mesma e no entanto figura de claridade
figura de homem deitado com um estrela na boca escorrendo água 
meu Eliseu do mar    amado das estrelas
segredo das suas águas silenciosas
meu rio negro áspero venenoso cintilante e tremente esmeralda e violeta
por onde mil nadadores lutando contra a corrente procuram ainda em vão à superfície o que só no mais fundo da água resplandece
a tua parede branca de aparições fumegantes

LIGEIA
"acima ou fora da matéria só comparável à estrela de sexta grandeza, dupla e variável, que se encontra próximo da estrela grande da Lira"

MORELLA
de mãos frias e agudas, falando, falando sempre, "porque as horas de felicidade passam e a alegria não se colhe duas vezes na vida, como as rosas de Paestum duas vezes no ano"

RODERICO
os cabelos sedosos em torno da face, os olhos grandes, húmidos, luminosos, os lábios numa curva extremamente bela

"Contei-lhes a minha história" - "não quiseram acreditar-me!"

Mas há, sim, outros mundos além deste, 
outros pensamentos além dos pensamentos da multidão,
arcanjos que se ergueram para cobrir desertos
onde só o universo arde
porque dois lábios finamente delineados tremem
porque Mentoni ainda ri, em traje de cerimónia, com a sua figura de sátiro
porque não houve forma de passarmos adiante e uma terrível nuvem cor de chumbo enche de espantosa velocidade o espaço
Maelstrom Maelstrom dos teus olhos no mundo
Maelstrom destruindo caixas sobre caixas sobre o ventre total de uma caixa de música americana
como as que às vezes se vêem nos porões
as mãos brancas e nuas de firmes aranhas de prata

* de Mário Cesariny, àquele cujos 200 anos sobre o seu nascimento se celebram hoje. in Pena Capital.

Estamos a preparar-nos para conquistar a Europa

sábado, janeiro 10, 2009

A vida dos outros parece ficção 1

"23 de Maio de 1936

Tudo acabou! O Carlos casou hoje.
Já não tenho o direito de escrever os meus sentimentos a respeito dêle. Mas antes de fechar, para sempre este livro, onde assentei as minhas maiores alegrias e os meus maiores sofrimentos, quero analisar o que presentemente sinto pelo Carlos.
Sofri hoje ao saber que êle se ligava a outra. Mas não foi o coração que sofreu, foi o orgulho. Já lhe não tenho amor. Parece-me, o que tenho, com certeza é muito pouca sorte."

M.J.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

o que dizemos pelo messenger

i'm the son of Rambow! says: (4:27:05 PM)
nao me aptece trabalhaaaaaar

i'm the son of Rambow! says: (4:27:08 PM)
olha tens seguro de saude?

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:10 PM)
tou a ver

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:21 PM)
eu tenho dir cavar o buraco no meu quintal pa

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:28 PM)
enterrar a cadela do  meu avo

i'm the son of Rambow! says: (4:27:28 PM)
pra enterrar quem? :S

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:30 PM)
merquita

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:34 PM)
ja venho

i'm the son of Rambow! says: (4:27:37 PM)
mas morreu qdo?

Lydie - com a ajuda de uma tesoura de cozinha limpe muito bem os rins says: (4:27:41 PM)
ela ta na mala do carro